— leia ao som de um som
— como vai?
— voltamos com a tradicionalidade de uma boa moura nius.
loucura pensar que sempre desejamos mudanças e às vezes o melhor é manter no conforto.
quase um diário
— primeiro, quero agradecer você que ainda está por aqui. lendo todas essas fases da nius, e vendo minhas crises existenciais ao vivo.
são duzentas pessoas lendo a nius. muita gente.
quando mais novo eu mal tinha quatro amigos.
agora, duzentas pessoas estão lendo e-mails aleatórios.
obrigado, de verdade. não tenho nenhum presente para oferecer, a não ser a nius no dia certo.
— estou meio nostálgico hoje, na real, faz uns dias que me bateu essa nostalgia, aqui no interior de são paulo estamos começando a receber um friozin gostoso e ele me lembra da minha infância e da minha adolescência e da fase adulta também.
por algum motivo, sempre realizo algo legal nesse período de frio e claro, tenho lembranças ruins também, contudo vamos para as boas.
hoje acordei tarde, o que tem acontecido com frequência - anotando, tarde para mim é oito horas da manhã - eu tenho essa ideia de prolongar o máximo meu dia, e acordar cedo é a melhor forma de fazer isso, não visando uma ideia de produtividade, só quero fazer muitas coisas num dia só.
hoje acordei sentindo o cheiro de um perfume que usei a muuuito anos, era basicamente meu cheiro, usei tanto que deveriam ter mudado o nome do perfume para maicon.
acordei com essa nostalgia e vontade de ouvir musicas que não ouvir. acordei e tinha cheiro de café no ar.
minha mente não foi tão longe.
lembro de acordar quatro da manhã. preparar um café e sentar para escrever meu primeiro romance. lembro disso como se acontecesse agora. lembro de colocar os fones de ouvido e escutar a mesma playlist repetidamente.
o ar gelado da madrugada no meu rosto. o som do teclado. tudo em pura sincronia.
essa é o tipo de sensação que me deixa muito feliz e positivo ao longo do dia. estranho dizer que sou apaixonado por esse tipo de nostalgia?
aquela dos cheiros e sabores. quando você sente o perfume de alguém na rua e viaja vinte anos no passado e lembra da sua mãe segurando sua mão enquanto caminham em direção ao centro da cidade.
é culpa desse friozin. esse calorzinho que faz nos ambientes que estamos.
que isso, meu deus?
por isso a nius está com a cara da primeira nius. busquei no baú as primeiras e repliquei seu formato, confortável e divertido, o formato que fez duzentas pessoas virem até ela.
obrigado por estar aqui com esses olhos lindos enrolando no trabalho <3
uma história rápida sobre algo estranho
no passado do futuro
— uma máquina do tempo? — ele perguntou
— sim — respondeu o doutor — isto é uma máquina do tempo, passei anos nisso depois que encontramos o restante daqueles ossos nas montanhas.
— e funciona?
— claro, já realizei inúmeros testes e hoje, irei eu mesmo entender o que aconteceu e descobrir de uma vez por todas esse mistério.
o cientista entrou na máquina que parecia um pequeno carro popular sem rodas, sem volante e apenas um banco.
colocou o sinto de segurança e seus assistentes fecharam a porta.
— você sabe para onde ir? — perguntou o amigo.
— pelos dados colhidos naquela amostra dos ossos, irei para um período pré-histórico, estou levando comigo armas para proteção e a máquina realizará um retorno assim que a porta for fechada novamente.
todos se afastaram. a maquina começou a girar e flutuar. era silenciosa. subiu e subiu e sumiu.
milhares de anos antes de cristo.
a maquina aparece no meio de uma floresta densa e solitária. o doutor solta o sinto, a porta se abre e ele desce.
olha ao redor e percebe que está sendo observado.
— olá? — diz balançando a mão.
do meio da mata, um sujeito peludo e seminu aparece mancando. tem ombros largos e braços grossos como troncos de árvores.
— você deve ser um dos meus antepassados. — diz o doutor. — provavel que não consiga me entender.
o doutor tira da bolsa um pedaço de osso e tenta gesticulando, explicar para o homem das cavernas o que quer dizer.
— vim aqui de um futuro — ele aponta para cima — vim procurar respostas para isso aqui… — ele aponta para o osso — quero saber o motivo desse pedaço de osso que achamos no meu tempo… — ele aponta para o relógio — …ter o meu dna.
o sujeito das cavernas tomba a cabeça para o lado como um cachorrinho que ouvir a palavra passear.
— d-n-a — repete o doutor pensando que a reação do homem tenha a ver com o essa palavra.
o sujeito peludo, encara o doutor e coça o canto da cabeça. num movimento rápido e exagerado para um sujeito tão grande, ele sobre e desce o tacape na cabeça do doutor, várias e várias vezes.
muitos anos no futuro e alguns anos antes (nossa que confuso).
— estamos perto? — perguntou o doutor
— sim, estamos — respondeu o guia
caminhavam os dois por um lamaçal perto de alguma montanha no meio da floresta. chovia como se não houvesse amanhã, então o doutor disse:
— tem certeza de onde estamos indo?
— você precisa confiar em mim, encontrei os ossos uma vez e vou encontrar de novo.
coisas que andei fazendo
— criei um instagram de escritor.
separar os instas foi minha melhor decisão.
sei que passei um bom tempo falando que isso não fazia sentido. no entanto (no entanto hehe), fez sentido.
passei um bom tempo cansado. simples assim. cansado e pensativo.
queria ter algo que livrasse minha mente do trabalho, trabalhar em casa é sentar no pc para ver algo e de repente estar trabalhando.
então, sentei com minhas personalidades para decidirmos o que fazer.
claro que ilustração foi uma das opções, contudo, eu trabalho com isso também.
por fim, a escrita tem sido algo que sempre me carregou para fazer coisas aleatórias e divertidas. você está aqui por isso.
então, em três votos de cindo, foi decidido que escrever seria o meu hobby.
e isso me fez separar os instagrans para poder fazer uma divulgação decente e mostrar mais do mouraescritor.
então, siga lá caso queira ver novidades e dicas de escrita que possam ajudar em algo.
estou nostalgico
então que tal ler um dos meus melhores artigos?
Breve guia de sobrevivência
para o jovem adulto ansioso
pira
— se você não sabe o que é uma pira, deixa eu explicar:
pira, substantivo sem gênero, momento ou pensamento que gruda como uma sangue-suga e não te solta;
— voltar para algo é retroceder ou entender que já era o suficiente?
não quero me estender muito. por fim é isso aqui mesmo. em letras minúsculas apenas para irritar seu toc. em textos rápidos para você não enrolar no trabalho e as quintas, para ver se o crepúsculo faz sentido mesmo.
um vampiro que brilha? sério?
antes de acabar quero deixar algo útil
o dólar está: R$4,98.
nius do moura
você não entende muita coisa, mas faz sentido. sou noivo de uma incrível retratista de mulheres, dono de um cachorro chamado willinelson — uiu para os íntimos — isso aqui é como se fosse uma carta que chega as quintas no seu email e é só isso.
escrevo algumas coisas por aí. tenho três livros publicados, aqui.
alguns artigos no LinkedIn e coloco contos em carrossel no Instagram.
— até quinta, um beijo, um queijo e um cheiro.